Diagnóstico e tratamento de arritmias, desmaios e cardiopatias genéticas
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Cardiologista e Arritmologista Clínico, formado no Instituto do Coração da USP
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Problemas cardíacos são a principal causa de mortes em cirurgias

Os problemas cardíacos são a principal causa de mortes durante cirurgias e no pós-operatório de procedimentos eletivos – cirurgias que não são urgentes e podem ser feitas no momento mais adequado para o paciente. Com o objetivo de evitar esses problemas, que podem provocar desde complicações cirúrgicas mais simples até a morte, é recomendado que todo paciente faça uma avaliação cardiológica antes de cirurgias não cardíacas para verificar os riscos, propor estratégias para reduzi-los e diagnosticar e tratar possíveis problemas. Quando o paciente já tem alguma doença no coração, essa avaliação é solicitada até mesmo antes de se submeter a procedimentos odontológicos mais complicados.

Em cirurgias eletivas, a avaliação cardiológica pré-operatória deve ser feita pelo menos uma semana antes da cirurgia para que, caso necessário, sejam introduzidos medicamentos para otimizar a condição clínica do paciente ou outros possam ser retirados por eventual interferência no sucesso da operação. “Por meio de dados da história clínica do paciente e exame físico são identificadas as variáveis de risco associadas a complicações cardíacas, capacidade funcional do paciente e risco associado ao tipo de procedimento proposto”, explica o cardiologista André Pacheco.

Cada cirurgia e as condições clínicas do paciente demandam exames específicos que são analisados tanto pelo cardiologista quanto pela equipe médica que fará o procedimento cirúrgico. Após essas análises é determinado o risco do paciente evoluir com complicações cardiovasculares graves (morte cardíaca, infarto, edema agudo de pulmão, derrames, entre outros) durante ou após o procedimento cirúrgico.

Avaliação cardiológica otimiza resultados e diminui riscos

avaliação_cardiológica

Além de determinar o risco da cirurgia, a avaliação é o momento de corrigir doses e classes de remédios, adicionar novos e orientar o manejo dessas medicações durante o período perioperatório, que inicia antes da cirurgia e só termina depois que o paciente já operado retorna às atividades normais. Assim, por meio da avaliação cardiológica, é possível otimizar ao máximo o tratamento clínico e minimizar o risco de complicações relacionadas à cirurgia.

Em alguns casos, opta-se por realizar algum tratamento cardiológico específico antes da cirurgia e, em conjunto com o cirurgião, adiá-la para evitar complicações cirúrgicas.

Pacientes com idade avançada demandam mais atenção

Em pacientes idosos os cuidados no período perioperatório devem ser ainda maiores. O paciente com idade avançada geralmente possui outras doenças associadas e menor “reserva” para reagir a um procedimento cirúrgico muito agressivo, mesmo com a intenção de cura. “O compromisso é com o paciente. O risco do tratamento não deve ultrapassar o da doença, por isso, às vezes, é mais conveniente realizar um procedimento para melhorar a qualidade de vida do que tentar a cura com risco elevado de sofrimento, seguido de morte”, alerta o cardiologista.

Para André, o papel do cardiologista não é contraindicar a operação, mas avaliar seus riscos e pesar se possíveis complicações cardiovasculares superam ou não o risco do paciente não ser operado naquele momento. O cirurgião, com base na avaliação cardiológica, na sua experiência profissional, na doença do paciente e nos riscos da cirurgia, é quem vai decidir, junto com o paciente e sua família se a relação risco/benefício é favorável à intervenção e qual procedimento seguir.

Cuidados pós-operatório podem incluir UTI

O cardiologista André Pacheco alerta também sobre a necessidade de uma vigilância pós-operatória. “A intervenção cirúrgica não termina no curativo ou na saída da sala operatória. O cuidado perioperatório inclui a necessidade de uma vigilância pós-operatória, tanto mais intensa quanto maior o risco individual do paciente, muitas vezes sendo recomendado encaminhamento para a unidade de terapia intensiva (UTI) para monitoramento cardíaco”, justifica.

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